Se não for libertária, toda pedagogia é
autoritária.
Não há educação libertária que não seja
auto-educação.
Precisamos aprender com os outros apenas
o que não nos foi possível aprender sozinho.
A necessidade de aprender é biológica,
ela se faz sempre de dentro para fora.
O impulso pela busca do conhecimento é
mais importante que a coisa conhecida.
Perguntar é o ato mais espontâneo e o
único realmente indispensável na formação cultural. Não se é livre para
perguntar em ambiente autoritário.
Ensinar o que não foi perguntado, além de
inútil, é uma espécie de estupro cultural.
As teorias educativas consistem em tirar
alguma coisa antes de dar, censurar antes de oferecer modelos válidos, proibir
e impor normas antes de socializar a experiência.
Somos todos diferentes uns dos outros,
inclusive pelo interesse em conhecer.
A criança aprende tudo sozinha. Basta não
impedi-la. Só precisamos ensinar-lhe detalhes tecnológicos.
A auto-educação pode receber ajuda,
sugestão que se torna educativa na medida em que ativa forças latente ou já em
ação no indivíduo.
A pedagogia libertária se baseia no gosto
espontâneo das crianças pelo conhecimento e em sua capacidade natural de
criticar o que lhes ensinam. A pedagogia autoritária visa fundamentalmente
destruir esse potencial crítico.
A necessidade de conhecimento é
compulsiva, como a de liberdade e a de oxigênio
Roberto Freire
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